Foto: Divulgação/Facebook

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Ex-alunos de Cinema de Animação exibem filme no Cinema São Luís


Curso de Cinema e Audiovisual - Olinda
agosto. 10, 2015

“A vida é uma viagem” será rodado nesta segunda-feira (10) para o elenco e colaboradores

Na noite desta segunda-feira (10), o Cinema São Luís (centro do Recife) exibe uma produção dos ex-alunos da Aeso-Barros Melo Tauana Uchôa, Ulisses Brandão e Marcos França, do curso de Cinema de Animação. O curta-metragem “A vida em uma viagem” será dividido em dois horários, agendados para às 19h e às 20h. Os colaboradores, equipe, elenco, apoiadores, patrocinadores e alguns convidados vão poder conferir antes de todos o resultado da produção que também foi trabalho de conclusão de curso do trio.
Para falar sobre o curta e o cinema pernambucano, a ex-aluna Tauana Uchôa conversou com a gente. Confira:

Na noite desta segunda-feira (10), o Cinema São Luís (centro do Recife) exibe uma produção dos ex-alunos da Aeso-Barros Melo Tauana Uchôa, Ulisses Brandão e Marcos França, do curso de Cinema de Animação. O curta-metragem “A vida em uma viagem” será dividido em dois horários, agendados para às 19h e às 20h. Os colaboradores, equipe, elenco, apoiadores, patrocinadores e alguns convidados vão poder conferir antes de todos o resultado da produção que também foi trabalho de conclusão de curso do trio.

Para falar sobre o curta e o cinema pernambucano, a ex-aluna Tauana Uchôa conversou com a gente. Confira:

AESO - Como o curso de cinema da Aeso-Barros Melo contribuiu para a sua formação profissional?

Tauana - Durante todo o curso recebi várias críticas pelo fato de estudar “Cinema de Animação” e dar sempre preferência ao live action. No fundo essas críticas eram uma pura bobagem. Mesmo o curso sendo focado para a animação, ele não deixava de ser um curso de cinema. As cadeiras de animação ampliavam os meus conhecimentos e a minha visão sobre cinema, e as demais cadeiras que abrangiam a parte do “cinema filmado” construíam a minha base para a carreira que eu pretendia seguir.

 

AESO - Quanto tempo de duração tem o filme?

Tauana - O filme ficou com uns 18 minutos. Ainda maior do que o que eu esperava.

 

AESO - Você se inspirou em algum diretor?

Tauana - Acredito que o próprio Chaplin foi uma inspiração. As cores de Almodóvar também me influenciaram em uma das cenas, mas não sei se escolheria alguém em especial. Acho que absorvo o que encontro de melhor nos diretores que admiro. 

 

AESO – Quem é o diretor que você admira?

Tauana - Sou muito fã dos trabalhos do Meirelles e gosto bastante de um francês chamado Jean-Pierre Jeunet. Talvez não sejam os mais clássicos e renomados, mas admiro principalmente o trabalho desses dois. Mas não deixo de me encantar com o Woody Allen, Tarkovsky, Scorsese, Fellini, e por ai vai...

 

 AESO - Como você vê as produções cinematográficas pernambucanas?

 Tauana - Com os fomentos, incentivos e festivais daqui a gente já nota o quanto as produções além de terem crescido, vem amadurecendo, fugindo do simples entretenimento e trazendo reflexões, questionamentos ao público. Fico muito feliz com isso, mas acho que ainda é um grupo muito pequeno que se destaca. Vejo muitos “novatos” acanhados em tentar tirar seus projetos do papel ou com medo que eles não dêem certo. Claro que ninguém vai produzir qualquer coisa, mas acho que tem muita gente boa por aí ainda com medo de se arriscar.

 

AESO - Como surgiu a ideia do filme “A vida em uma Viagem”?

Tauana - Durante o curso de Cinema de Animação, os professores da cadeira de Direção e Produção lançaram a proposta de dividir a turma em duas equipes, onde cada uma realizaria um filme como trabalho de conclusão do período. Levei o roteiro do “A Vida em uma Viagem” para o grupo e apesar de acharem ousado, toparam desenvolvê-lo. Como era um filme que exigia muitos atores e figurinos de época, combinamos com os professores de desenvolver apenas uma cena do roteiro, que funcionaria como o teaser do filme. Eles aceitaram e assim começamos a dar vida ao curta ou, momentaneamente, a uma parte dele.

AESO - Como você construiu a história?

 

Tauana - A inspiração começou com a história dos meus pais que quando jovens começaram a se paquerar dentro de um ônibus. Mas queria ir mais além do que apenas a história de um casal. Queria mostrar a efemeridade da vida, o quanto ela se parece com uma viagem que às vezes parece demorar, mas quando nos damos conta já chegamos ao nosso destino. Também queria pontuar o filme com fatos históricos, afinal, enquanto vivemos cada um constrói a sua história pessoal. Só que dentro de um contexto maior um grupo de pessoas constrói a história de um País, de uma nação.

 

AESO – O filme é uma produção em cinema mudo. Qual a sua relação com esta área? Você sempre gostou?

Tauana - Confesso que os filmes do cinema mudo não são os que eu mais “consumo”, mas eles sempre me fascinaram. Não apenas por isso, mas principalmente pelos seus diálogos construídos apenas com gestos. No filme tentei não usar os letreiros explicativos. Usamos sim uma voz em uma das cenas, mas essa aparece como parte da trilha e não como diálogo dos personagens.

 

 

AESO – Quanto tempo demorou para ser produzido?

Tauana - Demorou mais ou menos dois anos e meio para ficar pronto. Começamos o filme ainda no quinto período da faculdade. Construímos a primeira cena para um trabalho, mas devido à falta de recursos, não conseguimos dar continuidade logo em seqüência. Passamos seis meses entre construção do projeto, vídeos para campanha e arrecadação pelo Catarse – site de crowdfounding. Depois disso começaram os testes de elenco, construção de personagens e figurinos, ensaios, para enfim começar a marcar as gravações. Como cada cena do filme é gravada em um contexto diferente e conseqüentemente em um “trem” diferente, não tínhamos uma gravação corrida. Cada cena era gravada em um dia diferente de acordo com a disponibilidade da CBTU. Após as gravações, entrava a parte de finalização e de composição da trilha, que passearia por cada década do filme. Apesar de termos conseguido o financiamento pela catarse, a quantia arrecadada não cobria todos os custos do filme e com isso dependíamos muito da disponibilidade de cada um que se propunha a ajudar.

 

 AESO - Que dificuldades você encontrou para produzir o filme?

Tauana - O filme como um todo apresentava duas dificuldades principais: a falta de recursos e a disponibilidade. Essa disponibilidade ia desde os trens, ao elenco, equipe. O pouco recurso que tínhamos bancava o transporte, a alimentação, parte dos figurinos, coisas básicas que precisávamos. O resto partia muito da boa vontade e do amor que cada um depositava no projeto. Por mais que todos quisessem ajudar, nem sempre as agendas se encaixavam e isso atrasava o nosso cronograma.

AESO - E a campanha "Tira Mel do banco", o que era?

Tauana - O site Catarse sugere que cada proponente desenvolva um vídeo para explicar o porquê você precisa daquele financiamento. Só que apenas um vídeo não daria conta, não seria chamativo o suficiente para atrair a atenção das pessoas para que essas resolvessem fazer uma doação. Assim bolamos a ideia da campanha “Tira Mel do banco”. Mel é uma das personagens principais do filme, ela já tinha sido escolhida para protagonizar o vídeo principal da campanha. No fim desse vídeo principal a Mel era “obrigada” a ficar em um banco desses de praça até conseguirmos todo o financiamento para o filme. Gravamos vários vídeos curtos da “Mel no banco” pedindo ajuda, esperando o tempo passar, dançando... Toda segundas, quartas e sextas um vídeo novo ia tanto para a página do filme no Facebook, quanto para o canal no Youtube. 

 

 

AESO - Como o curso de cinema da Aeso-Barros Melo contribuiu para a sua formação profissional?

Tauana - Durante todo o curso recebi várias críticas pelo fato de estudar “Cinema de Animação” e dar sempre preferência ao live action. No fundo essas críticas eram uma pura bobagem. Mesmo o curso sendo focado para a animação, ele não deixava de ser um curso de cinema. As cadeiras de animação ampliavam os meus conhecimentos e a minha visão sobre cinema, e as demais cadeiras que abrangiam a parte do “cinema filmado” construíam a minha base para a carreira que eu pretendia seguir.

 

AESO - Quanto tempo de duração tem o filme?

Tauana - O filme ficou com uns 18 minutos. Ainda maior do que o que eu esperava.

 

AESO - Você se inspirou em algum diretor?

Tauana - Acredito que o próprio Chaplin foi uma inspiração. As cores de Almodóvar também me influenciaram em uma das cenas, mas não sei se escolheria alguém em especial. Acho que absorvo o que encontro de melhor nos diretores que admiro. 

 

AESO – Quem é o diretor que você admira?

Tauana - Sou muito fã dos trabalhos do Meirelles e gosto bastante de um francês chamado Jean-Pierre Jeunet. Talvez não sejam os mais clássicos e renomados, mas admiro principalmente o trabalho desses dois. Mas não deixo de me encantar com o Woody Allen, Tarkovsky, Scorsese, Fellini, e por ai vai...

 

AESO - Como você vê as produções cinematográficas pernambucanas?

Tauana - Com os fomentos, incentivos e festivais daqui a gente já nota o quanto as produções além de terem crescido, vem amadurecendo, fugindo do simples entretenimento e trazendo reflexões, questionamentos ao público. Fico muito feliz com isso, mas acho que ainda é um grupo muito pequeno que se destaca. Vejo muitos “novatos” acanhados em tentar tirar seus projetos do papel ou com medo que eles não dêem certo. Claro que ninguém vai produzir qualquer coisa, mas acho que tem muita gente boa por aí ainda com medo de se arriscar.

Saiba mais sobre o “A vida em uma Viagem” clicando aqui

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