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Chuva derruba muros de faculdade em Olinda e de policlínica em Paulista



Além dos deslizamentos de barreiras e dos alagamentos, a chuva desta segunda-feira (30) também causou a queda de dois muros na Região Metropolitana do Recife (RMR). As construções que não resistiram à força da água ficavam na Faculdade Aeso Barros Melo, no bairro de Jardim Brasil, em Olinda, e na Prontoclínica Torres Galvão (PTG), no município de Paulista.

De acordo com a instituição de ensino, o trecho do muro que caiu ficava na área externa da faculdade, num local mais afastado da maior circulação de alunos e funcionários.  Ninguém se feriu. Ainda segundo a Aeso, as aulas já haviam sido suspensas por causa das chuvas quando o muro desabou.

Localizada no Centro de Paulista, a unidade de saúde não fazia atendimentos clínicos no momento em que o muro desabou. Assim como na faculdade, a construção da Prontoclínica também fica numa área afastada da passagem de pedestres e, por isso, ninguém se feriu.

De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura do município, uma equipe técnica da Secretaria de Saúde aguarda a chuva diminuir para fazer uma vistoria em todos os equipamentos públicos de saúde. A unidade fará apenas atendimentos emergenciais.

As consultas médicas e odontológicas agendadas para esta segunda (30) serão remarcadas.
Ainda segundo a assessoria de comunicação de Paulista, o muro será reconstruído quando houver condições meteorológicas para a realização do trabalho.

Com os transtornos, as secretarias de Defesa Civil, Serviços Públicos, Infraestrutura, Educação, Saúde e Assistência Social de Paulista estão em estado de alerta.

 

Trânsito
O Grande Recife amanheceu mais uma vez com muita chuva nesta segunda-feira (30). Para os motoristas, isso se tornou sinônimo de engarrafamento e transtornos. Em seis horas, da 1h às 7h, choveu 200 milímetros, o equivalente a 67% do esperado para todo o mês de maio. Nas ruas, pontos de alagamento, quilômetros de trânsito intenso e carros esperando reboque. Reportagem levou quase quatro horas de Candeias, Jaboatão dos Guararapes, até Ouro Preto, em Olinda. Tempo do percurso demora, em média, uma hora.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta de chuva forte até a manhã de terça-feira (31) em toda a Zona da Mata e na Região Metropolitana.

 

Recife
Na Zona Sul, motoristas não sabiam qual era o melhor caminho a pegar para trafegar no sentido Centro. Por causa dos pontos de alagamentos na lateral, apenas a faixa central da Avenida Boa Viagem podia ser usada como alternativa pelos motoristas. Ao longo da via, pelo menos, dois sinais de trânsito estavam quebrados.

Já na Avenida Visconde de Jequitinhonha, em Boa Viagem, quatro semáforos, em um mesmo quarteirão, atrapalhavam ainda mais quem tentava fugir dos pontos de alagamento e seguir viagem sentido Centro do Recife.

 

A Avenida Conselheiro Aguiar não foi uma boa opção de rota para o motorista que desejava ir em direção ao Pina. Via alagada e quilômetros de trânsito faziam o condutor perder, pelo menos, duas horas no engarrafamento.

Isso tudo era o reflexo do que se encontrava na Avenida Antônio de Góes, no bairro do Pina. Lá, o nível da água está tão alto que não se diferenciava calçada de pista. Quem insistia em seguir viagem enfrentava água pela metade do carro. Os que preferem não se arriscar, estacionavam os veículos no canteiro central da via.

Grande coringa para fugir do trânsito da Avenida Boa Viagem em dias comuns, a Via Mangue não alagou. Porém, com as vias de acesso totalmente alagadas, era bem difícil conseguir entrar na via.

Na Avenida Agamenon Magalhães, área central da capital, na altura do Hospital da Restauração, mais transtornos: três carros quebrados e um sendo rebocado. A pista local, sentido Olinda, se transformou em um rio.

 

A Boa Vista, também na área central, apresentava um acumulado no início da manhã de 89 milímetros. Em Dois Unidos, na Zona Norte, a APAC notificou 85 milímetros de precipitação. A previsão para o resto do dia é de chuva de moderada a forte, o que exige muita atenção de quem precisa dirigir.

A situação calamitosa também ocorria na Zona Norte. No Aflitos, há quem não conseguia sair de casa. Completamente alagada, motoristas desistem de circular pela Rua Teles Júnior. O que se via eram carros dando meia volta.  A percepção era a de que o bairro tinha ficado submerso com essa chuva. Na Rua Doze de Outubro, Graças, a água subiu tanto que invadiu as casas e prédios.

 

Realidade também complicada no Barro, Zona Oeste, em na Avenida Norte. Em alguns pontos, a água ultrapassava a altura da porta dos veículos de passeio. A Avenida Abdias de Carvalho também amanheceu coberta.

 

Olinda
De acordo com o meteorologista Romílson Ferreira, da Apac,  foi registrada uma precipitação de 115 milímetros no município. Em alguns pontos de Olinda, a situação já era muito difícil às 5h.

Na Avenida Getúlio Vargas, em Bairro, Novo, não era possível trafegar. A Praça 12 de março estava completamente alagada. Com a visibilidade muito baixa, o risco de acidente ficou muito alto. Na Rodovia PE-15, perto do viaduto da entrada de Ouro Preto, carros ficaram cobertos.

Com o temporal das últimas 12 horas, um trecho do calçadão na beira-mar afundou. Vídeos enviados para o WhatsApp da Rede Globo Nordeste mostram uma verdadeira correnteza na Avenida Ministro Marcos Freire, perto do limite entre Bairro Novo e Casa Caiada.

 

Jaboatão dos Guararapes
Avenida Armindo Moura, importante acesso tanto a Imbiribeira quanto para a Via Mangue, também amanheceu submersa. A grande quantidade de água faz os motoristas darem ré e optarem pela Avenida Boa Viagem.

Metrô
Quem tentou usar o metrô também enfrentou dificuldades. Estações ficaram alagadas. Houve problema na Estação Cosme e Damião, na Zona Oeste. Na Joana Bezerra, área central, foi registrado acúmulo de dez centímetros de água.

 

Acumulado
Até a terça-feira (24), os dados da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) mostravam que cinco dos 14 municípios do Grande Recife já tinham a média histórica de chuvas para o mês de maio.

 

Até aquela data, Araçoiaba tinha o maior percentual acumulado em relação à média do mês. No município, a Apac registrou 314 milímetros (mm). A média histórica de maio é de 207 mm. Portanto, o acumulado sobre a média é de 152%.

Olinda registrou o 9º maior volume de chuva no mês: 372 milímetros. A média histórica na cidade é de 325 mm. O acumulado sobre a média, até o dia 24 de maio. Ficou em 114%.
Também já superaram a média histórica de chuva para maio as cidades de Igarassu, 114%, Itamaracá, com 111%, e Itapissuma(100%). Paulista notificou acúmulo de 99% e o Recife chegou a 84%.

Por causa das chuvas da manhã desta quarta-feira, foram registrados vários pontos de alagamento no Grande Recife. Houve probblemas com semáforos em Boa Viagem, na Zona Sul, e na Boa Vista, na área central da capital.

 

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