Natural de Olinda, Pernambuco, Manoel Fernando Ferreira Lima Júnior, mais conhecido como Junior do Jarro, tem 31 anos e 13 de carreira. Multi-instrumentista, entrou em contato com o mundo musical ainda criança, e, muito cedo, percebeu que queria viver da arte. Recentemente, viajou para o Sudeste do Brasil, com o show “Do Jarro Aos Invisíveis”, no qual se apresenta sozinho, tocando alguns dos instrumentos que domina.
Junior do Jarro se formou em Produção Fonográfica nas Faculdades Integradas Barros Melo (AESO), em 2017. Antes disso, ele já se entendia como artista. A pandeirola foi o primeiro instrumento que aprendeu a tocar. De lá para cá, são muitas histórias dentro e fora dos palcos.
O músico domina o piano, escaleta (com o som semelhante ao do acordeão e parecido com teclado portátil), pífano (uma espécie de flauta horizontal), violão, baixo, hang drum (popularmente conhecido como disco voador), apitos, pandeiro, sanfona de oito baixos, bateria e percussões. É multi-instrumentista, além de produtor fonográfico, compositor e arranjador. “Comecei minha carreira muito jovem. Por isso, tive a oportunidade de conhecer vários artistas, gravar discos e ter uma vasta experiência tanto em palcos quanto em estúdios”, comenta.
Ele esperou 10 anos, após a conclusão do ensino médio, para iniciar a graduação. “Eu nunca tive o sonho de entrar na faculdade, mas, decidi fazer o curso no mesmo momento que descobri que seria pai. Quis refinar um pouco mais o conhecimento que já tinha. Daí, escolhi Produção Fonográfica, porque era a área que eu já trabalhava”, conta. “Eu gosto muito do que faço, exerço com muito amor. Acredito que sou muito privilegiado por trabalhar com a criatividade, pegar algo do nada e ir construindo. Além de estar em contato com a arte e pessoas”, complementa.
Para Junior, a principal importância da profissão é o exercício do estímulo da sensibilidade. “Só consome a arte quem tem sensibilidade para absorvê-la. Atualmente, estamos vivendo em uma sociedade muito insensível. Sem falar que, infelizmente, a cultura e a arte estão marginalizadas por causa da falta de empatia”, aponta.
Uma das inúmeras experiências marcantes para o artista foi o primeiro disco do Anjo Gabriel, em 2007. Segundo ele, esse projeto foi “produzido na raça”. É um material de modelo vintage; as músicas são gravadas em formato analógico, usando fita de rolo. Como o trabalho é considerado ultrapassado, o artista e outros músicos não tiveram apoio de gravadoras, e, por isso, abdicaram dos respectivos cachês, para comprarem as ferramentas necessárias, alugarem um estúdio e produzirem tudo.