Os irmãos Mateus e Tomaz Alves têm histórico em composições para o cinema pernambucano
Criadores da trilha sonora original do longa-metragem Bacurau, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, os compositores Mateus Alves e Tomas Alves falam sobre os processos de produção para os estudantes da AESO-Barros Melo, nesta quarta-feira (4), às 10h, no Cineteatro da instituição. O filme ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019 e é o mais comentado do cinema nacional até o momento.
A expectativa do coordenador do curso de Produção Fonográfica, Ricardo Maia, é que os alunos possam descobrir mais sobre o trabalho de Mateus e Tomaz, além de entenderem a dinâmica da cadeia produtiva de trilhas sonoras, mais especificamente do score, no cinema local. “É de extrema relevância para os estudantes de Produção Fonográfica e Cinema e Audiovisual conhecerem profissionais daqui, que estão se destacando na produção de música original para cinema. Até porque Bacurau está quente nos circuitos nacionais de exibição, então, será uma grande oportunidade de debater a obra”, comenta.
Mateus Alves trabalha, desde 2013, com trilhas sonoras para filmes pernambucanos. Os projetos dele combinam materiais da música popular do Nordeste brasileiro com técnicas texturais de compositores como György Ligeti, passando por influências que vão de John e Alice Coltrane, Clóvis Pereira, Sarah Davachi e Ennio Morricone a Soft Machine, Bernard Herrmann, Mica Levi e Giacinto Scelsi. Ele recebeu o prêmio de Melhor Trilha Sonora no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, com os filmes “Brasil S/A” (2014, dir. Marcelo Pedroso) e “Aquarius” (2017, dir. Kleber Mendonça Filho), respectivamente.
Tomaz Alves Souza é compositor de score para cinema, conhecido pelas trilhas feitas para Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), Era Uma Vez Eu, Verônica (2012), Mens Sana em Corpore Sano (2011) e Azougue Nazaré (2018).
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