Dia da Consciência Negra - Fonte - Unsplash.jpg
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No mês de novembro é celebrado o mês da consciência negra
O dia 20 de novembro referencia o dia em que Zumbi dos Palmares morreu em 1695 pelas tropas portuguesas. Zumbi se tornou o principal representante do combate ao preconceito e discriminação racial pela sociedade.
Com o passar dos anos, um dos espaços utilizados para afirmar a luta e tudo o que representa a cultura afro foi o cinema. Muitas produções culturais, em especial filmes e livros, abordam o tema e fazem refletir sobre a consciência negra.
Durante pronunciamento oficial neste domingo (19), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, saiu em defesa de mais oportunidades e direitos iguais para o povo negro:
“Temos o mesmo direito de viver com dignidade, de ter acesso à educação da creche. Saúde, emprego, salário justo, segurança, moradia digna e alimentação de qualidade. Temos todas e todos o direito de sonhar, de realizar nossos sonhos”.
Pensando nisso, nós separamos uma lista de filmes e livros que exploram essa temática e nos fazem refletir sobre o dia de hoje. Confira a seguir:
Bell Hooks reúne ensaios críticos e faz uma discussão sobre formas alternativas de observar a negritude, a subjetividade das pessoas negras e a branquitude. O livro tem como objetivo intervir na forma de como todos nós falamos de raça e representação.
Em uma coletânea com seus principais artigos, resenhas e ensaios de 1974 a 1994, Beatriz resgata a história do negro no Brasil. São 24 textos que abordam desde as relações raciais e de gênero até pesquisas sobre quilombos no Brasil.
O atual ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida , escreveu um dos livros que são referência quando se trata de racismo estrutural. Silvio apresenta dados estatísticos e faz uma discussão sobre como o racismo está em todas as estruturas da sociedade brasileira.
Angela Davis é uma das ativistas do movimento negro desde os anos 70 e retrata todas as lutas sociais nos Estados Unidos em sua autobiografia. Ela lembra do período em que teve a carreira como professora universitária interrompida e como se transformou num dos maiores nomes do movimento negro e feminista do mundo todo.
O romance de Ana Maria Gonçalves conta a história de uma idosa africana que está no fim da vida e viaja da África para o Brasil para procurar seu filho que está perdido há décadas.
Nessa viagem, ela relata a formação do povo brasileiro a partir dos fatos históricos que estão presentes na vida dos personagens do livro.
O filme conta a história de um policial que se infiltra no grupo da comunidade racista da Ku Klux Klan apesar de ser negro. Ele consegue esse feito se comunicando por cartas e telefonemas, além de mandar um policial branco no seu lugar quando precisa ir aos encontros do grupo.
O filme está disponível no Amazon Prime Video.
A produção cinematográfica retrata o racismo contado através de uma história de terror e suspense, não que o preconceito já não seja aterrorizante o suficiente. A trama relata a ida de um jovem negro que vai conhecer a família da sua namorada branca e lá percebe que as coisas não são tão normais quanto ele esperava.
O filme pode ser visto no Amazon Prime Video, Netflix, Star+, Paramount+ e Globoplay.
O filme retrata a história real de Solomon no ano de 1841. Ganhador do Oscar de Melhor Filme em 2014, a trama relata como sua vida muda após ser sequestrado e vendido como escravo.
Há cenas muito fortes no filme, retratando com muita realidade o sofrimento dos escravos na época da escravidão nos Estados Unidos.
12 anos de escravidão está disponível no Star+.
Um dos maiores filmes nacionais já produzidos, Cidade de Deus retrata a vida nas favelas do Rio de Janeiro em 1970, direcionando a trama para a vida de Buscapé, fotógrafo e Zé Pequeno, traficante local.
O filme mostra a desigualdade brasileira e, mesmo com vidas totalmente diferentes, os personagens são perseguidos pelo racismo.
Cidade de Deus pode ser visto no Amazon Prime Video, Netflix, Star+, Paramount+ e Globoplay.