Um semestre de muitas mudanças, que exigiu adaptação e resiliência de todos. A primeira parte de 2020 deve ficar marcada na memória de cada um, por diferentes motivos. O choque de ter os planos adiados ou cancelados, a incerteza sobre o emprego, o afastamento forçado das pessoas, etc. Desde que começaram a surgir as primeiras informações sobre a chegada do novo coronavírus ao Brasil, em meados de março, a população precisou lidar com vários sentimentos, como medo e ansiedade, em meio à necessidade de manter a vida seguindo, a rotina modificada e a produção acontecendo.
O Centro Universitário AESO-Barros Melo aderiu ao isolamento social no dia 16 de março de 2020, a fim preservar a integridade física de alunos, professores e funcionários. As atividades acadêmicas, bem como os atendimentos administrativos foram transferidos para o ambiente virtual em tempo recorde. Um esforço coletivo e contínuo para tornar o período possível e minimamente impactado negativamente.
Uma série de ações também foi pensada para manter a instituição ativa, remotamente, via redes sociais e plataformas de vídeochamada. Eventos foram possíveis graças ao Google Meet, lives aconteceram no Instagram, posts informativos e interativos. E valeu pena. O primeiro semestre foi cumprido e concluído com sucesso.
Para a psicóloga Ludmila Fonseca, o esforço para lidar com questões do home office/schooling foi muito grande. Alunos e professorem tiveram que se adaptar às tecnologias, organização de agenda e questões emocionais, que perpassaram todos esses fatores. Mas, é possível falar em sucesso e realização.
“Para mim, neste momento, sucesso é fazer o que é possível. Nós começamos o ano cheios de planos e perspectivas, e, com a pandemia, tudo isso precisou ser redimensionado. Sucesso e realização é o que a gente consegue fazer bem e as entregas que, no meio disso tudo, conseguimos realizar”, afirma.
Segundo ela, é possível também extrair algo de bom desse momento. “Podemos dimensionar, principalmente, o que estamos aprendendo e focar em como podemos desenvolver nossas habilidades. Em regra, são em momentos de colapso que surgem muitas oportunidades. Focar mais nisso vai nos ajudar a tirar proveito da situação”, ressalta. Sem deixar de lado o fato de ser uma situação grave e que requer cuidado com as pessoas próximas e em situação de sofrimento.
E diante de um cenário incerto, mas que ensaia um retorno aos encontros presenciais, a psicóloga lembra que o que está por vir é uma nova fase, ainda desconhecida. “Eu visualizo esse processo de retorno como uma nova realidade, um velho/novo modelo, que ainda não temos como dimensionar, mas que vai trazer novas formas de trabalho, estudo e conexão. Vamos precisar nos adaptar a esse novo mundo, pós-pandemia, que, certamente, vai trazer a aprendizagem que tivermos nesse período de isolamento como reflexo”, conclui.
SOBRE A ENTREVISTADA
Ludmila Foncesa é Mestre em Educação e Contemporaneidade – UNEB, Graduada em Psicologia pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Especialista em Psicopedagogia Escolar e Clínica pela Faculdade Social. Possui MBA em Gerenciamento de Projetos pelo IBMEC Business Scholl. Exerce as funções de Psicóloga Clínica e Psicopedagoga em consultório particular no Instituto Quatro Estações (Salvador-Ba). Tem formação internacional em Líder Coaching, Life e Professional Coaching e Profiler Coaching, sendo Analista de Perfil Comportamental (Solides LCC/EUA) e atuando na perspectiva de Coach Educacional, Consultoria e Redimensionamento de Carreira.