Ética, comunicação e pesquisa


Institucional
maio. 13, 2005

Na manhã do segundo dia do Fórum de Comunicação a questão ética foi tratada num âmbito mais amplo, tanto pelo viés jornalístico como pelo publicitário, chegando até à utilização das pesquisas de mídia. Mediada pela coordenadora de publicidade da Aeso, Shirley Santana, a mesa redonda teve a participação de Tita Amorim, jornalista da MCI, Tereza Prestelo, gerente comercial do Ibope em Pernambuco, e Giovanni de Carlli, diretor da Gruponove. A ética utilizada pelas pessoas que trabalham com pesquisas de mídia não difere do código de ética dos jornalistas. É o que afirmou Tereza Prestelo, ao iniciar a sua palestra. As informações conseguidas por meio dos diversos tipos de pesquisa são feitas e estão disponíveis para serem usadas de forma consciente pela mídia. “Estamos lutando para que o mercado do Nordeste utilize bem os critérios da informação”, afirma Prestelo, ao comparar a mídia da Região com o Sul e Sudeste do País. “O assunto é difícil, subjetivo e é um eterno desafio para qualquer profissional”. A jornalista Tita Amorim usou essa frase para resumir a delicadeza e a dificuldade que geralmente se tem ao falar sobre ética em comunicação. Usando o pensamento de Platão para afirmar que o ser humano tem uma visão dualista sobre o mundo, Tita disse que as pessoas aprenderam a ver as coisas sempre separando o certo do errado, o falso do verdadeiro ou o céu do inferno. “O jornalista não deve se deixar levar pela primeira impressão. Essa não é uma forma inteligente de ser ver o mundo”, ressalta. “O jornalista tem que ser menos pragmático e mais questionador. Sua conduta deve ser guiada de acordo com a moral que existe dentro dele”, opina a jornalista, que ainda alertou para a importância de o profissional dessa área não ter uma ética pré-concebida. “Os acontecimentos não têm um grau de previsibilidade. Existem muitas janelas para se ver o mundo e o jornalista tem o papel de abrir todas essas janelas”, diz. Giovanni Di Carlli, da Gruponove, encerrou as explanações da manhã deixando algumas perguntas no ar para que os presentes começassem com as perguntas. “Uma propaganda boa pode salvar um produto ruim? Como lidar de forma correta com os concorrentes no mercado?” Por Carla Verçosa Veja as outras matérias sobre o Fórum de Comunicação: Câmera Oculta - Quinta/manhã Violência na TV - Quinta/noite

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