Imagem: Divulgação/O Gaivota

Imagem: Divulgação/O Gaivota

Filme produzido por professora da AESO-Barros Melo integra programação do ANIMA MUNDI


Curso de Cinema e Audiovisual - Olinda
março. 15, 2016

O filme foi produzido em um ano

Um mecânico, um carro de luxo, memórias do pai falecido e muitas metáforas afetivas. Este é o ambiente do curta-metragem “O Gaivota”, produzido pela professora da AESO-Barros Melo, Manuela Andrade. O filme, com 7 minutos de duração, foi licenciado para o programa de TV Anima Mundi Brasil, exibido no Canal Brasil.

O curta-metragem narra a história de um mecânico que, após toda uma vida de dedicação ao zelo de um carro de luxo, em uma locadora de veículos, se vê obrigado a dar adeus ao possante preferido do seu falecido pai. “O Gaivota” será vendido e cabe ao mecânico realizar o último desejo do pai em vida. O carro, além de ser uma espécie de patrimônio simbólico/cultural de um país fictício com ares burlescos de Brasil, funciona quase que como o cordão umbilical entre um pai e um filho. A animação se utiliza dessa metáfora para falar sobre a melancolia implícita em uma despedida.

Com pouco mais de um ano no mercado, o Gaivota já ganhou o Prêmio de melhor curta-metragem nacional do 7o Festival de Cinema de Triunfo 2014; Venceu os prêmios de melhor trilha-sonora, melhor curta-metragem de animação e do Juri Popular no Festicine PE 2014 e o Prêmio de curta-metragem de animação no ANIMACINE 2015.

Conversamos com a professora Manuela Andrade sobre o filme. Confira:

 

AESO- Como foi todo o processo de concepção, produção e exibição do curta?

MANUELA ANDRADE - O projeto foi concebido pelo amigo Raoni Assis, um artista plástico e animador super talentoso. Acreditamos na potência do roteiro e resolvemos inscrevê-lo no edital de financiamento do Governo do Estado, o Funcultura Audiovisual. A equipe criativa principal foi composta por um trio que já trabalha junto há diversos anos, Raoni Assis, Ayodê França (ilustrador e animador) e Paulo Leonardo (montador).  O lançamento do filme foi realizado na Casa do Cachorro Preto, centro cultural e ateliê localizado em Olinda e gerido pelo próprio criador do projeto, Raoni Assis. O lançamento lá foi interessante para dar uma projeção para o filme na mídia. A partir de lá focamos nos festivais e na divulgação pela fanpage.  

 

AESO- O curta narra a história de um mecânico. Você considera “O Gaivota” uma animação para crianças ou não tem idade?

M.A - O filme dedica um olhar sensível para tratar sobre a valiosa relação entre um pai e um filho. Através de um veículo, essa conexão sentimental se fortalece. Por este motivo, o momento em que o filho é obrigado a se despedir do carro é tão marcante. É um filme para todas as idades, pois a partir das sutilezas do enredo relativas a essas relações familiares e ao apelo visual repleto de personagens carismáticos, ele pode conquistar adultos e crianças.  

 

AESO - “O Gaivota” já participou de diversos festivais. Quais foram eles?

M.A - Ele foi licenciado pelo Anima Mundi para exibição no Canal Brasil, participou da Mostra Competitiva do Anima Mundi 2014 – Festival Internacional de Cinema de Animação; Mostra Competitiva do 14 Festival de Cinema Iberoamericano de Sergipe; CINEOP - 9a Mostra de Cinema de Ouro Preto; Mostra Iberoamericana de Cinema de Animação Baixada Animada 2014; 7o Festival de Cinema de Triunfo 2014; Mostra Cinema na Estrada do Festival Pernambuco Nação Cultural; Animage – IV Festival Internacional de Animação de Pernambuco; Festcine 2014


AESO - O filme excedeu suas expectativas?

M.A - Com certeza. Foi muito gratificante a seleção do filme para o Anima Mundi, o festival de animação mais renomado do Brasil. Ficamos super felizes. É muito bom acompanhar o crescimento do cinema de animação no Brasil e ver que, de fato, existe um número maior de festivais e editais de financiamento olhando com mais atenção para o setor. O Gaivota ainda foi licenciado para o programa de TV Anima Mundi Brasil, exibido no Canal Brasil. É muito legal ver que a televisão por assinatura a partir de promulgação da lei da TV paga pela Ancine, ampliou muito o espaço de exibição de conteúdos brasileiros audiovisuais independentes. É um espaço valiosíssimo conquistado e precisamos enaltecer a importância dele. 

 

Produção: Manuela Andrade
Direção: Raoni Assis
Roteiro: Raoni Assis
Fotografia: Não Há
Direção de arte: Ayodê França
Som: Guma Farias e Ravi Moreno
Montagem: Paulo Leonardo
Trilha Sonora: Raoni Assis, Juliano Holanda, Expedito Baracho, Areia, Tom Rocha e Variant.
Duração: 07'
Animação: Ayodê França e Paulo Leonardo

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