Imagem/Divulgação
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"A importância é do estudo, da prática, da persistência e de um pouco de loucura também."
Três semanas, muito trabalho, compartilhamentos e curtidas nas Redes Sociais. Esse foi o caminho que a Camila Monart, aluna do curso de Cinema de Animação da Aeso-Barros Melo, teve que percorrer para ganhar uma bolsa de estudos na Vancouver Films School, no Canadá. Perguntada sobre as expectativas, Camila é bem realista: “Sei que vou sentir saudades dos meus amigos e família. No começo será bem difícil para me adaptar. Contudo, estou indo para me aperfeiçoar profissionalmente. Então minhas expectativas são essas: Tirar o melhor proveito do curso e ser a melhor animadora que eu puder.”, comenta.
Aproveitamos para conversar com a estudante, que dá dicas para quem quer seguir uma carreira internacional:
Aeso – Camila, conta para a gente como foi todo o processo de seleção.
Camila Monart - A Vancouver Films School lançou um manifesto “This is my year” com frases para inspirar os aspirantes a cineastas a produzirem um curta-metragem com no máximo 90 segundos, para convencer a escola a lhes oferecer uma bolsa de estudos. Quando eu vi essa proposta faltavam três semanas para expirar os prazos que eles deram de entrega do vídeo. Seria um trabalho bem complicado e com pouco tempo, mas ai eu pensei: Por que não? (risos) Então nessa primeira fase eles deram algumas bolsas de 50% e três bolsas de 100% para os melhores vídeos. Eu ganhei a de 50%, mas ainda vai ter a segunda rodada do concurso e meu curta ainda vai competir pela bolsa integral. Eu espero que ganhe! (risos)
Aeso - Qual foi o processo criativo do curta?
Camila Monart - A primeira semana eu gastei meus miolos produzindo roteiros. Cheguei a fazer uns seis roteiros até cair no JUNI, que foi minha proposta para a Vancouver Films. Eu tinha visto alguns vídeos antes e todos eles eram de pessoas em primeiro plano falando de si mesmas. Então, eu resolvi criar um personagem, o JUNI, que seria meu gatinho de estimação e teria que convencer a escola a me dar a bolsa de estudos. Como tudo tinha que ser em inglês eu pedi para uma amiga minha, Ana Clara Fernandes, me ajudar com a gramática.
Aeso - Quais os softwares utilizados? E as técnicas?
Camila Monart - Como eu estava com pouco tempo para a concepção de todo o curta-metragem resolvi fazer cutout, que é uma animação com o personagem cortado, assim não é necessário desenhar tradicionalmente todos os frames. Eu usei o Flash, Premier e After. O som eu gravei com um amigo meu, Caio Viana, que também fez a voz de JUNI.
Aeso - Quais as tuas inspirações?
Camila Monart - Minhas inspirações… São tantas. (risos). Meus grandes ídolos são: Walt Disney e Hayao Miyazaki. Mas também gostaria de citar ídolos próximos a mim que sempre me incentivaram e apoiaram a minha carreira, são eles: André Rodrigues, Paulo Gomes e Mauricio Nunes. Os dois últimos me ajudaram a concluir o JUNI.
Aeso - Quais são suas expectativas para a viagem?
Camila Monart - Bom… Como eu já morei fora do país não tenho a ilusão de que será tudo muito fácil e perfeito. Sei que vou sentir saudades dos meus amigos e família. No começo será bem difícil para me adaptar. Contudo, estou indo para me aperfeiçoar profissionalmente. Então, minhas expectativas são essas: Tirar o melhor proveito do curso e ser a melhor animadora que eu puder.
Aeso - Quais as dicas que você dá para quem quer ingressar numa formação internacional?
Camila Monart - A dica é acreditar em si mesmo. Eu já viajei muito e vi que tem muita gente boa fazendo sucesso na arte, mas também vi muita gente ruim fazendo o mesmo sucesso. Não é só porque não moramos em primeiro mundo que não somos bons. Muito pelo contrário! Somos melhores, pois fazemos coisas incríveis com poucos recursos.
Aeso - Como a Aeso-Barros Melo (professores, funcionários, alunos e parceiros) ajudaram na sua conquista?
Camila Monart – Um dos grandes incentivadores da minha carreira eu conheci na Aeso-Barros Melo. O professor Mauricio Nunes, que também me ajudou na finalização do JUNI. Devo muito a esse cara (risos)
Aeso - Qual a importância de uma boa formação para encarar o mercado de trabalho?
Camila Monart - A importância é do estudo, da prática, da persistência e de um pouco de loucura também. Acho que para encarar o mercado você não pode ser só bom no que faz, você tem que ser descarado, se jogar mesmo, sem medo de errar e fracassar. Muitos bons ficam no anonimato até hoje porque não tem um pouquinho de loucura. Eu acho que no meu caso é o contrário, não estava entre os melhores do meu curso, mas tenho muita loucura pra extravasar. (risos)
Confira o curta clicando aqui.