Mulheres como Alessandra Leão fazem parte da Barros Melo


Institucional
março. 08, 2012

Com unhas pintadas em cores vibrantes, cabelo liso, pele branca, tatuagem no pulso, já fez teatro, dançou, viajou, foi roqueira, fez amigos, aprendeu a ser mãe, mulher, cantora. Hoje, ela é simplesmente Alessandra Leão, uma multiartista que divide a vida entre os palcos, a casa, os estudos e a família. Filha caçula de cinco irmãos, a percussionista e compositora iniciou a carreira em 1997 com o grupo “Comadre Fulozinha”, e atuou ao lado de grandes músicos como: Antônio Carlos Nóbrega, Siba, Silvério Pessoa, Kimi Djabaté, do Guiné Bissau, Florencia Bernales, da Argentina. Compôs em parceria com: Juliano Holanda, Chico César e Kiko Dinucci.  Em 2006 deu início ao trabalho autoral, com o elogiado Brinquedo de Tambor, produzido e arranjado em parceria com o violeiro, compositor, arranjador e marido Caçapa.

Mãe aos 19 anos, Alessandra nunca achou que estivesse nova demais para encarar a maternidade. Já tinha responsabilidades, realizava shows e turnês. Estava no início da carreira. Teve que dividir tudo com a dádiva de ser mãe. “É um aprendizado diário. Você vai conhecendo aquela criaturinha... Eu não compreendia o que queria dizer o choro, o sono, a cólica. A única coisa que eu sabia sobre o meu bebê é que ele soluçava na barriga e se acalmava quando eu tocava”, comenta.

A cantora que fala sobre dualidades, de chegadas e partidas, de Ogum e de Iemanjá, de amor e violência, tradição e contemporaneidade, fogo e mar, África e América, resgata e é influenciada por ritmos populares como o Cavalo Marinho, o Coco, o Maracatu Rural e músicas de raízes africanas e sul-americanas. “Gosto muito de música tradicional de um modo geral, não só do Brasil, mas de outros lugares também. Eu acho o Maracatu Rural o mais Heavy Metal possível, a sensação que os metaleiros tem quando vão para um show de rock, é a mesma quando me deparo com aquela beleza.”

Agora, em uma nova etapa da vida, estuda Produção Fonográfica nas Faculdades Integradas Barros Melo – Aeso. “Eu não me fecho para o aprendizado. Eu nunca acho que é o bastante, até porque o mercado da música, atualmente, está em constante transformação, e se você não estiver minimamente interessado em aprender e entender você fica perdido no tempo”, revela enquanto afirma que a faculdade sistematiza o conhecimento e abre a cabeça para novos horizontes, proporcionando uma vivência com pessoas de outras gerações e de outros nichos.    

Ainda tentando compreender a rotina de estudos, família, casa, filho, marido, Alessandra joga para longe a ideia do sexo frágil. “A mulher tem uma qualidade de fazer e pensar muitas coisas ao mesmo tempo. É uma característica bem feminina”.  Seguindo e se inspirando na vida da mãe, que teve cinco filhos (quatro mulheres e um homem) e nunca deixou de estudar e trabalhar, a cantora, compositora e percussionista segue a vida!  Canta e encanta com a voz por vezes doce e suave que se mistura com uma alegria ancestral das sertanejas do Norte e Nordeste.
 
A profissional - Em 2006, Alessandra iniciou o trabalho autoral, com o CD “Brinquedo de Tambor” que entrou para a lista dos 10 melhores discos de 2006 do Prêmio Uirapuru, da revista gaúcha “O Dilúvio”; e em janeiro de 2008 teve duas músicas recomendadas no playlist do músico americano David Byrne. Em 2007, foi uma das selecionadas no Programa Rumos Itaú Cultural, na cartilha Mapeamento.

O projeto para o segundo CD solo, “Dois Cordões”, foi selecionado no Programa Petrobras Cultural e patrocinado pela Petrobras por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Produzido e arranjado por Caçapa e lançado em 2009, “Dois Cordões” conta com as participações de: Jorge Du Peixe (Nação Zumbi), Kiko Dinucci, Florencia Bernales (Argentina) e Victoria Sur (Colômbia).

Desde 2004, idealizou e coordena o projeto coletivo Folia de Santo, que se propõe a compor músicas baseadas nas tradições ligadas ao “catolicismo popular”. O CD homônimo foi lançado em dezembro de 2008, durante as gravações do DVD do projeto.

Participou do Projeto Era Iluminada – Mangue Beat (Sesc Pompéia -SP), ao lado de nomes como Jorge Du Peixe, Siba, Dengue, Cannibal, Júnio Barreto, Lia de Itamaracá, entre outros.

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