Um Buñuel mexicano


Institucional
maio. 25, 2005

Os esquecidos (Los olvidados), do espanhol Luis Buñuel, é uma impressionante obra-prima do diretor de A Bela da Tarde, Esse Obscuro Objeto de Desejo, O Anjo Exterminador e Viridiana, entre tantos outros. O filme foi o escolhido para a última sessão do Cineaeso de maio, que acontecerá nesta sexta-feira (27), às 15h, no Cine Teatro. O clássico retrata a vida do adolescente El Jaibo, que foge do reformatório e volta para uma vida marcada pela miséria e falta de perspectivas na Cidade do México. Ao lado de outros garotos, Jaibo vive de pequenos assaltos até que se envolve num assassinato. O retrato realista do cotidiano dos menores abandonados serviu de inspiração para Hector Babenco realizar Pixote, a Lei do Mais Fraco. A passagem do cineasta espanhol Luis Buñuel pelo México, após ser despedido, em 1946, da Warner Bros., trouxe um outro universo para a obra dele. Na capital mexicana, encontrou o produtor francês Oscar Dancingers, com quem realizou Gran Casino, seu primeiro filme no país em que permaneceu até 1965 e onde realizou cerca de 20 filmes. Da fase mexicana de Buñuel também se destaca a produção Nazarín (1958), prêmio internacional em Cannes no ano seguinte. Com Os Esquecidos, o diretor foi premiado como melhor diretor no mesmo festival, em 1951. Em 1960, após voltar para a Espanha para filmar Viridiana, o diretor levou novamente a Palma de Ouro em Cannes no ano seguinte, sofreu vários cortes e acabou sendo proibido pela censura franquista.

voltar

Nós usamos cookies

Eles são usados para aprimorar a sua experiência. Ao fechar este banner ou continuar na página, você concorda com o uso de cookies.  Política de Cookies   Política de Privacidade.
Aceitar