Clipagens

Pesquisadora analisa espaços expositivos



As Faculdades Integradas Barros Melo – Aeso, em Olinda, abrem as portas hoje de seu cineteatro para discutir o espaço da arte nos dias atuais, com o lançamento, às 19h, do livro Cenário da arquitetura da arte: montagens e espaços de exposições (Martins Fontes). A autora é a arquiteta, cenógrafa e curadora carioca Sonia Salcedo del Castillo, que aproveita a ocasião para participar de uma mesa-redonda, ao lado de Cristiana Tejo, diretora do Mamam e coordenadora do bacharelado em artes plásticas da Aeso, e Maria do Carmo Nino, coordenadora de artes visuais da Fundaj. O evento é aberto ao público. Suprindo a carência no País de publicações atentas às transformações do espaço expositivo, onde se dá a interface entre público e obra, o livro faz uma abordagem histórica e crítica da montagem de exposições, indo desde os formatos de salões parisienses aos atuais. Para isso, recorre a alguns conceitos, como o do “cubo branco”, aderido por instituições modernas para gerar uma neutralidade espacial em relação ao objeto exposto – a arquitetura de uma galeria ou museu deveria interferir o mínimo na obra. “Uma vez que esse objeto começou a se desmaterializar, num contexto que alguns teóricos vêem como o fim da história da arte linear, essa neutralidade perde o sentido”, diz Sonia, mestre em história e crítica da arte, pela UFRJ. Para ela, as possibilidades cenográficas de uma exposição tendem a se aproximar da “caixa preta” teatral, quando, como escreve Agnaldo Farias no prefácio do livro, “o espaço expositivo adquire flexibilidade semelhante à caixa preta do teatro”. O circuito institucional, a “espetacularização” cultural e outros temas pontuam a publicação, que nasceu há mais de dez anos, a partir de pesquisa para sua especialização em história da arte e da arquitetura. Sonia tem larga experiência em montagem. Foi por isso que veio ao Recife, em 1997, para ministrar um curso na área, que formou um dos principais montadores de exposição na cidade hoje, Eduardo Souza. Na Av. Transamazônica, 405, Jardim Brasil II, Olinda. Preço médio do livro: R$ 40. (O.M.)

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