Fotos: Renata Siqueira.

Fotos: Renata Siqueira.

Livro “Cinema Brasileiro nos Jornais”, do professor Luiz Joaquim, terá lançamento na 12º Bienal Internacional do Livro de PE


Curso de Cinema e Audiovisual - Olinda
outubro. 02, 2019

Obra analisa o comportamento da crítica cinematográfica durante a Retomada

Após lançamento no 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em setembro de 2018, e na 22ª Mostra de Cinema de Tiradentes, em janeiro deste ano, o livro Cinema brasileiro nos jornais: Uma análise da crítica cinematográfica na Retomada, do jornalista Luiz Joaquim, chega ao Recife. A apresentação da obra ao público será dia 09 de outubro, às 19h, durante a 12º Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, no estande da Editora Massangana, no Centro de Convenções. O autor estará presente e comandará conversa com Luciana Veras (da revista Continente) e os presentes. 

Fruto de uma pesquisa sobre a crítica de cinema na Retomada – período que contempla os anos entre 1994 e 2002 –, o livro Cinema brasileiro nos jornais torna-se bastante atual e, curiosamente, pertinente, dentro de uma discussão sobre política cultural em torno do audiovisual. O autor Luiz Joaquim aliou, por quase duas décadas, a prática da crítica cinematográfica diária, em jornais do Recife, junto à atividade curatorial de salas de cinema da Fundação Joaquim Nabuco. Tais funções tiveram início na segunda metade dos anos 1990, quando o cinema brasileiro dava início a um processo de recuperação do prestígio. Processo que ficou conhecido pelo nome de ‘Retomada’, a partir do êxito de Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (Carla Camurati, 1994).

Tal posição deu ao autor o privilégio de testemunhar (e fazer parte de) um processo bastante singular na história da crítica de cinema publicada nos jornais do País, e é disso que este Cinema brasileiro nos jornais trata. “Pelo livro, os leitores irão perceber como a prática jornalística precisou reeducar o olhar para um cinema brasileiro que começava a se impor ao espectador, tendo depois se respaldado na voz dos estrangeiros, até torna-se um incontornável assunto popular e de relevância sociopolítica”, comenta Luiz.

Em análise neste Cinema brasileiro nos jornais, textos de Alexandre Figueirôa, Kleber Mendonça Filho, Luiz Carlos Merten, Luiz Zanin Oricchio, Roger Lerina e Tuio Becker entre outros. Com o rigor de uma pesquisa que se apoia em dados oficiais, mas sem perder a perspectiva de quem vivenciava a dinâmica do mercado cinematográfico pela inquietação própria de um repórter de cultura, Luiz Joaquim acende uma nova luz sobre um tema (a crítica de cinema contemporânea), cuja bibliografia no Brasil ainda é tímida.

E conforme atesta o crítico gaúcho Marcus Mello na apresentação do livro: “O resultado é um livro que consegue unir a profundidade da pesquisa acadêmica com a fluência do texto jornalístico, promovendo uma análise reveladora da produção recente do cinema brasileiro, sem deixar de propor uma problematização pertinente, e bastante salutar, sobre o exercício da crítica na imprensa”.

E segundo a professora-doutora e pesquisadora Luciana Corrêa de Araújo no prefácio: “Na avaliação do autor, existiu mesmo um discurso unificado por parte da crítica neste momento, limitando “consideravelmente o espaço para o senso de ‘crise’ que a palavra ‘crítica’ deve trazer consigo”. A crise e o tom mais reflexivo adotado pela crítica viriam a se acentuar nos anos seguintes, sobretudo com o lançamento de Cidade de Deus. O livro constrói assim uma trajetória que vai da lamentada crise na produção de longas-metragens, na primeira metade dos anos 1990, a uma bem-vinda e salutar crise que se instaura na crítica cinematográfica no início da década seguinte.”.

Sobre o autor:

Luiz Joaquim é coordenador do Bacharelado em Cinema e Audiovisual das Faculdades Integradas Barros Melo - Aeso (Olinda). Leciona na pós-graduação, lato sensu, "Estudos Cinematográficos", da Universidade Católica de Pernambuco. Foi coordenador e curador, por 16 anos (2001 a 2017), do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Recife). É jornalista, mestre em comunicação pela UFPE, com foco na crítica de cultura, e atuou como crítico de cinema para a Folha de Pernambuco por 12 anos (2004 a 2016), e para o Jornal do Commercio (Recife) entre os anos de 1997 e 2001. Sócio-fundador e atual vice-presidente da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), colaborou para diversas revistas especializadas, entre elas a “Filme Cultura”, e possui diversos artigos publicados em livros compilação. É ainda editor do site http://www.cinemaescrito.com , criado em 2007, e também diretor dos curtas-metragens Eiffel (2008) e O homem dela (2010, animação).

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